sábado, 10 de junho de 2017

JARDINS - CASAS DE PASSARINHO

Todos os dias de manhã alimento os passarinhos. Eles ficam me esperando, alguns no sentados no fio elétrico, outros no chão. No verão vinham as andorinhas, eram lindas. Davam rasantes na minha varanda. Uma acabou entrando na minha sala e fiquei pensado que ela poderia se machucar se batendo ou voando quando eu me aproximasse. Mas ficou quietinha, cheguei a tocá-la e depois abri a janela e ela voou. 

Tenho horror a pássaros em gaiolas. Eles precisam estar livres, voando, alegrando o mundo. Não funciona a desculpa de que periquitos não sobrevivem se soltos. Pode até ser, mas se não houvesse quem os comprasse não haveria demanda deles. 

O beija-flor vem aqui em casa por causa da Grevília e do hibisco, e no natal ele costuma bicar meu papai noel na janela. As rolinhas fazem seus ninhos aqui na minha samambaia. A noite tem uma coruja branca belíssima que as vezes pousa no meu murro. Eu nunca havia visto uma destas em liberdade. Tem um falcão que costuma sobrevoar minha casa. E tem os quero quero que são bravos, mas já dei muitas risadas com eles. O João de Barro uma vez se assustou com um gesto do meu filho que jogou uma minhoca para ele, mas inacreditável, em pleno voo ele freou e voltou, praticamente deu marcha a ré. Quando corto a grama ele fica junto ciscando na grama. 

Tenho casas de passarinho que eu mesma pinto. Compro elas prontas em MDF e solto a criatividade para deixá-las alegres e coloridas. 

Em todo este processo eu alimento minha alma. Cuidar, zelar, alimentar, pintar, observar, e sou premiada com os cantos deles, a beleza deles, e a companhia. 












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