domingo, 3 de agosto de 2014

Buscando a si mesma

Em 2005 tive uma crise, acordei no meio da noite sem respirar, crise diagnosticada como pânico. Além disto eu passei a ter verdadeiro pavor de aviões e elevadores. Ocorre que meu trabalho no turismo exigia ambas as coisas, aviões nas viagens e elevadores no dia a dia do meu trabalho.

Foi o início de uma busca de compreender o que se passava comigo. Primeiramente fui tratada por um médico psicossomático por quem nutro um grande respeito, apesar de ser contra medicação para resolver questões psíquicas ou da alma.  O que gostei neste médico foi que ele foi honesto, disse que estava tratando as consequências, e que eu deveria encontrar a causa. Durante um ano tomei remédios para conseguir perder o medo de morrer e ter condições de iniciar minha busca pela causa que acabou me levando em 2007, após passar por uma terapia holística, a buscar ajuda na psicanálise.

Sou uma pessoa racional, mas que não dispensa de forma nenhuma o lado sensitivo das coisas, a emoção, a sensibilidade, as sensações, a satisfação e o prazer.

Sou filha única, quando criança tive que fazer uso da imaginação para criar um mundo para mim, amiguinhos imaginários, eu vivia num mundo de sonho, mas aos poucos o racional também se firmou, e hoje convivo com os dois, ambos são fortes, o racional e a emoção, a mente e o corpo, o psíquico e a alma.

Filha de pai francês e mãe belga, viajei muito, sempre li muito e gosto de filmes. Há momentos que leio para estudos, mas o que mais aprecio é ser uma leitora, viajar pelo livro, projetar algo meu nele, assim como nos filmes. Quando viajo acabo sempre tendo impressões pessoais, experiências estéticas e do meu inconsciente, e é sobre tudo isto que vou falar neste blog, porque foi assim que dei início a uma busca pela "causa", mas também para me compreender, saber um pouco mais de mim. Além da análise eu busquei em livros, filmes, viagens, na arte, na música, nas lembranças, na culinária, nos sons, cheiros, sabores, a resposta, resposta esta que nunca será completa, mas que a cada dia se elabora mais, e eu me torno um pouco menos estranha a eu mesma.

Se quiserem me acompanhar, sejam Bem Vindos a esta experiência de vida de uma mulher que está com 53 anos, divorciada, tem dois filhos, um casal, que viveu com sua mãe até os 51 anos quando ela faleceu, é formada em Administração de Empresas, estudou um pouco a psicanálise, antropologia e filosofia, além de ler muito.

Chris

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